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Sobre a autoridade dos pais parte II

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Gosto muito do que o psicanalista Flávio Gikovate escreve. Hoje saiu um artigo em seu site, www.flaviogikovate.com.br o tema "satisfazer todas as vontades dos filhos é um erro", que vale a leitura. Selecionei alguns trechos que considerei mais interessantes:

"Muitos pais hesitam em impor castigos e limites aos filhos, por medo de perderem a sua estima, e mesmo a guarda deles, se um dia o casal vier a se separar".

"Precisamos pensar seriamente em como estamos educando as crianças, já que é na infância que se estabelecem os processos psíquicos que irão nos acompanhar pelo resto da vida".

"Parece estar havendo, hoje, uma grave inversão de valores: os pais passaram a ter mais medo de perder o amor dos filhos do que os filhos, o dos pais".

O artigo fala muito sobre como a instabilidade do casamento nos dias de hoje gera pais inseguros e que disputam entre si o amor dos filhos para caso um dia se separem.

É uma visão interessante, a qual eu não tinha parado para pensar. Para mim, esse medo de perder o amor dos filhos tinha muito mais a ver com a falta de tempo para se dedicar a eles do que o medo do divórcio que o psicanalista fala como sendo um dos motivos principais desse receio dos pais não serem estimados pelos seus filhos. Porém, analisando o artigo, devo concordar que as relações de hoje parecem mais frágeis que as de nossos pais e avós. Como o próprio psicanalista fala, a maioria das pessoas hoje casa, já pensando que podem vir a se separar. Ou seja, os laços do matrimônio já não são tão fortes quanto antes para a grande maioria.

Sem dúvida, os tempos mudaram. O conceito de familia mudou radicalmente. Mas, ainda assim, acho que um casamento feliz gera crianças felizes, pelo menos é o que a minha experiência de filha me reporta. Na minha concepção, a relação conjugal estável e sedimentada é muito importante para o desenvolvimento emocional de uma criança. Infelizmente, não é uma realidade possível para todos. Eu espero poder proporcionar ao meu filho lembranças tão felizes quanto as que eu tive quando via meus pais juntos, parceiros, cúmplices, pais...


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